BR-101 - E agora?

Observando as regras gerais da concessão da BR-101 divulgadas hoje na Audiência Pública no auditório do Ministério dos Transportes em Brasília, algumas indagações sobre o que fazer surgem naturalmente:

1 - Não fazer nada e acompanhar o processo de licitação torcendo para que os preços do pedágio fiquem num patamar razoável de forma a não aumentar demasiadamente os custos de fretes de produtos importados ou exportados da região;

2 - Retomar a luta judicial que em 2001 conseguiu suspender o processo de licitação proposto pelo governo anterior que foi considerado pela justiça federal como desfavorável ao usuário, principalmente pelo cronograma extremamente dilatado das obras quando comparado ao início da cobrança dos pedágios;

3 - A terceira via, não necessariamente excludentes de uma das duas anteriores, seria o de aumentar a pressão sobre os municípios produtores de petróleo e sobre o estado de forma a estimulá-los a se organizarem (por exemplo via OMPETRO) para participar financeiramente do empreendimento de modo a diminuir os custos dos pedágios a serem cobrados aos munícipes destas cidades.

A Cidade 21 pretende discutir com as demais entidades que participam deste movimento, desde o final do ano 2000, sobre as implicações que cada uma destas posições acarretarão, tendo em vista também que não é mais aceitável que este trecho da BR-101 projetada há mais de 40 anos continue a produzir vítimas, ao mesmo tempo, que pela sua incapacidade - diante do aumento do fluxo de veículos hoje existentes - inviabilize investimentos que possam gerar empregos e desenvolvimento para a região.